Os morenistas e a crise na Venezuela: pseudoesquerda exposta como agente do imperialismo
A crítica central dos morenistas à oposição fascistoide é que ela não está perseguindo seus planos golpistas com suficiente agressividade.
A crítica central dos morenistas à oposição fascistoide é que ela não está perseguindo seus planos golpistas com suficiente agressividade.
O imperialismo americano tem contado com os governos da “Maré Rosa” de Lula e Petro para garantir seus interesses em uma crise que pode levar a uma guerra civil ou a uma intervenção militar estrangeira “pró-democracia” na Venezuela.
Enquanto Washington e suas forças aliadas em Israel incendeiam o Oriente Médio, o governo Biden-Harris aproveita as eleições presidenciais para fomentar um golpe na Venezuela.
O fato de que um desconhecido que substituiu Maria Corina Machado, uma figura de extrema direita fruto da CIA e defensora das sanções dos EUA, poderia, de maneira plausível, ter derrotado Maduro é uma prova contundente contra todo o projeto bolivariano e a Maré Rosa na região.
As tensões diplomáticas na América Latina refletem as manobras das frações da classe dominante em resposta à marcha de guerra dos EUA-OTAN.
Em meio às guerras na Ucrânia e em Gaza, Venezuela e Guiana estão se alinhando aos lados opostos de uma futura Terceira Guerra Mundial.
Embora o governo de Maduro esteja realizando uma política totalmente reacionária, o imperialismo dos EUA tem sido o principal responsável por aumentar as tensões nos últimos anos.
O ministério das Relações Exteriores do governo Bolsonaro classificou na última sexta-feira como “secretos” os telegramas sobre a recente viagem de Pompeo ao Brasil, que aconteceu durante simulações de guerra no Brasil e na Colômbia.
A abortada invasão mercenária faz parte de uma campanha de agressão que envolve sanções de “máxima pressão” e o envio de navios de guerra dos EUA para perto da costa da Venezuela.
Estamos publicando o discurso de Bill Van Auken no Comício Online Internacional de 1º de Maio.
A mídia brasileira está promovendo a suposta “independência” dos militares das políticas alinhadas aos EUA de Bolsonaro.
Enquanto finge se opor à tentativa de mudança de regime na Venezuela, o PT enviou representantes para encontrar líderes da UE que tem estado na linha de frente do cerco ao país latino-americano.
Com a ajuda do imperialismo europeu e canadense e dos governos de direita da América Latina, Washington está se preparando para invadir a Venezuela ou mergulhá-la em uma guerra civil.
O apoio de governos da América Latina e ao redor do mundo à tentativa de golpe orquestrado pelos EUA faz parte de um giro global à direita e à ditadura.
A edição de primavera da revista Jacobin, intitulada “Tomando o Poder”, aborda “tanto as realizações quanto as deficiências” da Maré Rosa na América Latina.
Os trabalhadores venezuelanos podem contar apenas com sua própria força independente para defender as conquistas sociais do período passado e derrotar a ameaça de um golpe de direita.
O tipo de “alternativa” que se vislumbra por defensores de Chávez é aquela imposta de cima, que não se origina do movimento politicamente independente da própria classe trabalhadora, procurando estabelecer seus próprios órgãos de poder.
O início do século XXI testemunhou um ressurgimento do nacionalismo populista burguês em grande parte da América Latina. De certa forma, este desenvolvimento do nacionalismo compartilha de características comuns com o que foi visto no século passado em figuras como Juan Domingo Perón na Argentina, Getúlio Vargas no Brasil ou de Lazaro Cárdenas no México.
As posses dos presidentes da Venezuela e do Equador foram marcadas por frases que faziam referência ao “socialismo” e à “revolução”.